Alceri Maria Gomes da Silva

Alceri

Nascimento: 25.05.943 – Cachoeira do Sul – RS

Morte: 17.05. 1970  – São Paulo

Filha de Oscar da Silva e  Odila Gomes da Silva.

Trabalhou no escritório da fábrica Michelletto, em Canoas, onde começou a participar do movimento operário. Era sócia do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade.

Através do advogado do Sindicato entrou na luta contra ditadura. Ela era uma moça baixinha, magra, muito alegre, entusiasmada pela luta.

Em julho de 1969, esteve em Cachoeira do Sul, despedindo-se de sua família. Disse a sua irmã Clélia que ia para São Paulo lutar contra a ditadura militar.

Foi assassinada juntamente com Antônio dos Três Reis Oliveira, em São Paulo, em 17 de maio de 1970, quando sua casa foi invadida por agentes dos órgãos de segurança.

O laudo necroscópico foi assinado pelos médicos legistas João Pagenoto e Paulo Augusto Q. Rocha.

O laudo de Alceri contabiliza quatro tiros, sendo dois pelas costas. O livro Direito à Memória e à Verdade, publicado pela Presidência da República em 2007, afirma que, segundo ex presos políticos, ela foi baleada “por agentes da Operação Bandeirante, chefiados pelo capitão Maurício Lopes Lima”.

Seus pais, Odila e Oscar, foram informados de sua morte pelo detetive da Delegacia de Polícia de Canoas de apelido “Dois Dedos”, assim conhecido por faltar-lhe dois dedos da mão. Conhecido em Canoas por sua ferocidade, avisou à família que nada fizesse porque, caso contrário, seriam todos mortos.

A família não recebeu atestado de óbito, nem foi informada do local do sepultamento.

É provável segundo investigação da Comissão da Verdade de SP, que tenha sido enterrada no Cemitério de Vila Formosa em SP como indigente.

Livros:

  • Direito à Memória, Direito à Verdade
  • Dicionário Mulheres do Brasil – de 1500 até a atualidade, organizado por Schuma Schumaher, de Jorge Zahar Editor

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